segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Pós-Encontro




Encontro com Deus Fevereiro/2016






Boletim Semanal 10/02/2016

O Encontro com Jesus que dá vida! João 11:1-46 

Amados irmãos e irmãs, graça e paz.
Hoje falaremos sobre o encontro com Jesus que dá vida. Esta história relata a ressurreição de Lázaro. Entendo de compartilhar acerca do poder que há em Cristo para a vida. Muitos de vocês já conhecem nosso testemunho de cura em nossa famí- lia. Experimentamos esse poder em nosso lar e tenho certeza que Jesus tem vida para você e seu lar também. Inicialmente penso ser importante fazer algumas considerações sobre a cura divina antes de entrarmos no texto. Primeiramente é importante frisar que a Igreja Metodista Livre não é cessacionista quanto aos dons espirituais, isto é, não cremos que os dons foram úteis somente para os primórdios da igreja e ali se encerraram. Cremos sim que Deus concede dons à igreja para hoje, inclusive o dom de cura. Em nosso manual descreve a visão ampla que temos sobre cura. Cremos na cura do corpo, da mento ou do espírito e a sua fonte é Deus. Cremos que Deus pode curar usando intervenção cirúrgica, medicação, mudança de ambiente, correção de atitudes ou através de processos restauradores da própria natureza. Ele pode curar através de um ou mais (dos meios) acima junto com a oração, ou pode curar por uma intervenção direta em resposta a ora- ção. Ao mesmo tempo, reconhecemos que apesar dos soberanos propósitos de Deus serem bons e que Ele está trabalhando para uma redenção final que garante a integridade para todos os crentes, ele pode não conceder cura física para todos os crentes nesta vida. (§ 3260 – Manual da Igreja Metodista Livre). As curas foram notáveis no ministério de Jesus, dos apóstolos e nos pais da igreja como Agostinho e outros. Combatemos uma prática que enfatiza a benção mais do que a santidade de vida, a busca da benção e não do abençoador. Porém cremos que Deus cura hoje e não devemos deixar de crer e pregar por conta dos excessos de outros.
Uma vez feita essas considerações, quero compartilhar com vocês sobre o Jesus que dá vida! Ele tem vida para você, tem cura para sua vida e quer se relacionar com você. Ele deseja ter um impactante encontro conosco. Ele quer se revelar a você e através da sua vida. Por isso, vamos ver algumas verdades desse relacionamento e encontro com Jesus que dá vida através desse emocionante relato da ressureição de
Lázaro.

1.Andar com Jesus não é sinônimo de ausência de problemas (v.1-2) Jesus possuía uma excelente relação com a família de Betânia. Marta, Maria e Lázaro eram muito amigo de Jesus. Maria, ungiu os pés de Jesus com bálsamo (João 12:3). Aquela família o acolhia com grande cuidado (Lucas 10:38-42). Havia um grande afeto entre eles. Porém, o fato de serem muito amados por Jesus (v.5) e possuírem histórias marcantes de afeto com Jesus não os isentava de problemas de enfermidade. Jesus mesmo é claro com seus discípulos que devemos ter bom ânimo neste mundo no qual teremos aflições (João 16:33).

2.Quando se esgotam as possibilidades, temos a quem recorrer (v.3) O texto não diz, mas podemos conjecturar sobre a medicina da época. Nos tempos de Jesus a ciência já existia. Havia sim cirurgiões e médicos, porém é óbvio que o uso de anestésicos era limitado. Marta e Maria devem ter procurado todos os recursos disponíveis em Betânia, porém, a situação de seu irmão se agravava gradativamente até que elas chegam a conclusão de que o melhor mesmo era recorrer ao famoso amigo Jesus. Quando as possibilidades se esgotam temos a quem recorrer. Jesus é o Pastor que está conosco no vale da sombra e da morte (Salmo 23:4).

3.Tudo em nossa vida com Cristo serve aos propósitos de Deus (v.4) Não há nada fora dos propósitos de Deus em nossa vida se a Ele somos fiéis. A Bíblia é clara em dizer que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28). Paulo tinha esse pleno entendimento e conseguia discernir os propósitos de Deus em casa situação, até mesmo na prisão escrevendo a sua carta aos irmãos em Filipos ele diz: “Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho.” (Filipenses 1:12). Mesmo Jó depois de tanto sofrimento concluiu sua prova com o seguinte entendimento: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42:2). Se mesmo fiéis, enfrentamos problemas saiba que nada em nossa vida está fora dos propósitos de Deus.

4.Jesus te ama (v.5) Essa é a beleza de ser filho e filha de Deus. O fato de passarmos por dificuldades não significa que Deus não nos ama. Pelo contrário, porque Deus nos ama Ele se importa conosco. Jesus te ama. Ele amava tanto aquela família de Betânia. Deus é um Pai que nos ensina através dos problemas porque Ele nos ama (Hebreus 12:6-11)

5.Jesus nunca chega atrasado (v.6; 11; 17) Isso parece uma contradição. Esse Jesus que tanto amava a Lázaro e família, ainda demora-se mais dois dias. Quando procuramos a Deus o que mais queremos é uma rápida solu- ção. Aqui é um momento crucial em que nosso coração está sendo provado. É nesse momento que realmente somos ovelhas totalmente dependentes do pastor. Reconhecemos nossa fragilidade e ela se manifestará das seguintes maneiras: I.Sensação de abandono e solidão. Há certas situações e momentos em que sentimos como se Deus estivesse indiferente. Bate-nos a dúvida. Muitos dizem como Habacuque: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás?” (Habacuque 1:2a) Ou muitos falam como Jó: “Parece-te bem que me oprimas, que rejeites a obra das tuas mãos e favoreças o conselho dos perversos?” (Jó 10:3); ou ainda como o próprio Jesus: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46); II.Depressão e desânimo. Quando Jesus chega na porta de Betânia, Marta vai ao seu encontro, mas Maria sequer sai do seu lugar. As vezes ficamos desanimados com tanta luta e perdemos o ânimo de ir a Jesus. Deixamos de busca-lo. Deixamos de orar! (v.20); III.Especulações. Tanto Marta quanto Maria disseram: “Se estiveras aqui...” (v.21; 32); IV.Reafirmar a fé. Há outras pessoas, como Marta que não se entregam. Reafirmam sua fé mesmo sob situação adversa (v.20-22; 27). Jesus tem o propósito de revelar o Pai e nos trazer maturidade e confiança quando tudo está escuro. Ele não chega atrasado. Ele tem um propósito.

6.Para Jesus não há impossíveis (v.23) Tudo é possível para Deus. (Lucas 1:37) Jesus convida Marta a crer em sua Palavra. Creiamos na Palavra de Jesus. Receba a Palavra de vida!

7.Antes de operar milagre, Jesus trata com os corações levando-nos à consciência de Sua Presença (v.28-35) Observe que antes de Jesus operar o milagre, ele manda chamar Maria. Seu desejo é estar com ela em sua companhia, consolá-la e sentir o que ela sente. Ele se relaciona. Ele fortalece a amizade. Veja Hebreus 4:15. Mais importante que o milagre que Ele pode operar é o simples prazer da sua companhia. Ele trata conosco para que cheguemos à maturidade de fé de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (Daniel 3:17-18), porém, todos verão o quarto homem semelhante ao filho dos deuses (Daniel 3:25). Deus está!

8.O diabo pode usar pessoas para tentar abalar a nossa fé (v.37) Havia pessoas questionando se realmente Jesus era amigo daquela família. Assim muitos perguntam: “Onde está o teu Deus”? Salmo (Salmo 42:3). Há descrentes e incrédulos até mesmo dentro da igreja. Mas, fique firme no Pastor Jesus!

9.Precisamos remover a pedra (v.39) Quem tira a pedra sou eu. Jesus manda remover a pedra. A verdade é que há uma parte nossa. Essa pedra simboliza a incredulidade, a mágoa, o medo, a ansiedade. É agir pela fé antes do milagre acontecer. “não tem mais jeito, cheira mal”. (v.39). Jesus sabe o que está fazendo. Remova a pedra!

10.Ouça a voz da vida (v.43) Havia incrédulos ali e pessoas tristes, mas onde Jesus chega há fé e alegria. Ocorre o rebuliço do milagre. Lázaro ressuscitou! Jesus é o autor da vida, ALELUIA! Para tudo há um jeito por Jesus. Creia.

Rodrigo Rodrigues Lima 
Pastor

Célula 03/02/2016


Boletim Semanal 03/02/2016

 Apropriando-se dos princípios e valores da MISSÃO de Cristo 


Hoje daremos início a uma série de mensagens que se estenderá por todo o mês de fevereiro sobre Encontro com Deus. Quando falamos de encontro com Deus, necessariamente estamos falando de um encontro com o Evangelho. Em caráter introdutório, hoje falaremos de três aspectos desse encontro. Quais são os principais acontecimentos na vida de uma pessoa que teve um encontro com Deus? O apóstolo Paulo teve esse encontro marcante com o Evangelho. Ele qualifica o evangelho como o Poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16). Ter um encontro com Deus é muito mais do que ter sensações e experiências. É um processo de transformação do caráter que refletirá no modo de viver. É ser impactado de tal forma que o indivíduo passa a ter a mente de Cristo (I Coríntios 2:16) e sua conduta revela essa mente. É se tornar um cidadão do céu e como tal suas prioridades que perseguiam valores terrenos, agora são norteadas por valores celestiais (Colossenses 3:1-3) e sua postura denuncia sua nova maneira de pensar e agir. Sua visão de mundo é transformada. Sua maneira de se relacionar com Deus, consigo mesmo e com as pessoas é afetada. O Reino de Deus está nele. Ele está no Reino de Deus. O amor do Pai está Nele. Ele ama como o Pai. Paulo escreve uma carta às igrejas da Galácia os repreendendo por trocarem o Evangelho por outro evangelho (Gálatas 1:6-7). As pessoas estavam se voltando para o legalismo judaico, forçando os cristãos a se circuncidarem e a praticarem obras como condição para serem salvas. Misturou-se o evangelho com práticas cerimoniais e de conduta e eliminou-se a graça da pregação. Frequentemente também somos tentados a voltar para o legalismo. Veja que se a obra da cruz não faz diferen- ça no seu dia a dia, esse pode ser um sinal de que você depende de obras da lei. Se você acredita que agrada a Deus por seu mérito ou esforço pessoal, isso é um sinal de que você não entendeu o que é evangelho e pode estar vivendo o legalismo. Se você vive constantemente com sentimento de culpa e condenação por causa de seus pecados e se vê escravo deles, então você não entendeu o evangelho. Se você presume que a vida cristã é penosa e difícil, em algum aspecto você ainda não avançou na compreensão do evangelho. Deus quer que vivamos uma vida plena e abundante. Vida com Jesus é vida abundante e isso só é possível através de um verdadeiro encontro com Deus, um encontro com o Evangelho. Portanto, Paulo vai mostrar para a igreja da Galácia o que esse encontro fez com ele.

1.Um encontro com o evangelho deixa um marco divisório na história da nossa vida (v.13-14) I.Há um passado - Paulo apresenta àquela igreja legalista que ele, mais do que todos, viveu o legalismo ao pé da letra. Seu procedimento no judaísmo era tão radical que foi devastador para os cristãos em Jerusalém. Sua reputação era a pior possível aos olhos dos cristãos e a melhor possível aos olhos dos judeus e sacerdotes. II.Há convicções – Esse Paulo seguia rigorosamente as tradi- ções de seus pais. Na vida de Paulo há um “Antes de Cristo” e “Depois de Cristo”. Observamos que as crenças e as práticas de Paulo era de um religioso ferrenho. Porém, o evangelho entra na vida de Paulo e tudo isso muda. O que acontece com uma pessoa que tem um encontro com o evangelho? I) Nada esconde de seu passado antes de Cristo aos da fé e nada esconde de seu presente aos de fora por mera reputação. Seu caráter vale mais. – Pessoas que tem um encontro com Jesus não tem medo de dizer o que foram e reconhecem sua miserabilidade sem Cristo. Paulo não esconde quem foi e não esconde quem é. Quem tem algo a esconder não encontrou libertação. Deus está mais interessado no seu caráter do que na sua reputação. Jesus não gozava de boa reputação diante dos religiosos da época, mas o Pai sabia quem Jesus era e o próprio Jesus sabia quem era diante do Pai. Quem tem esse marco do evangelho em sua história de vida não esconde quem foi, mas aponta para quem se tornou em Cristo. A reputação tem a ver como as pessoas querem nos ver, mas o caráter tem a ver com quem realmente somos e é com essa pessoa que Deus se relaciona e se revela e não com o personagem, as máscaras da reputação. II) Não se importa em renunciar suas convicções – Paulo abre mão de tradições (v.14). Paulo estudou aos pés de Gamaliel, que era um célebre doutor da lei (Atos 22:3). Ele vai considerar todo o seu conhecimento como refugo, isto é, esterco (Filipenses 3:8). Convicções cristãs não tem a ver com forma de ser igreja, mas com a essência do ser igreja. Não tem a ver com formas de práticas religiosas, mas com a essência da religião. Convicções do Evangelho muda o indivíduo e o leva para a cruz. São as convicções paradoxais do perder para ganhar, diminuir para crescer, morrer para viver, perder para ganhar. Assim como Paulo, alguém que teve um encontro com Cristo perde o que for necessário para ganhar Cristo ocorrendo um marco histórico em sua vida. Há algo a esconder? Você está mais preocupado com sua reputação ou com o seu caráter? Quais são suas convicções atuais? Como elas se refletem na sua vida?

2.Um encontro com o evangelho é encontro com o sentido da vida (v.15-16) Observe os verbos que Paulo usa aqui no verso 15: separou; chamou; aprouve. Paulo, ao ter um encontro com o Evangelho entendeu o propósito da sua vida. Para absorvermos o impacto dessas três palavras na vida de Paulo precisamos relembrar que como judeu fariseu: I) Ele perseguia e matava cristãos; II) Repudiava os gentios; III) Acreditava ser salvo pelas obras da lei. O sentido da vida de Paulo o levava a caminhos de morte e produzia morte sendo reprovado por Jesus (Atos 9:4), mas ao mesmo tempo chamado e enviado por Jesus. Para muitos da igreja de hoje, Paulo não mereceria a salvação. Entretanto, em contato com o Evangelho, Paulo tem clareza do que lhe acontece. Paulo deixa claro aos gá- latas que não há nenhuma ação ou conceito humano que explique a sua experiência de conversão e ação ministerial. Paulo tinha uma certeza: “Cristo veio salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.” I Timóteo 1:15. Para se encontrar o sentido da vida é necessário ter uma profunda convicção de nossa real condição. A partir disto, olhar para a cruz e perceber o quão Deus é gracioso. É pura graça de Deus atuando em sua vida. Ter um encontro com Cristo significa: I) Um caminho de volta ao propósito original da sua vida – Ele o “separou”. Todos aqueles que creem em Cristo são separados para um propósito. Quero destacar aqui que não há mérito, isto é, merecimento algum de nossa parte quanto à salvação operada em Cristo. Deus não nos salva porque merecemos, mas porque Ele é bom. Ele o “chamou”. A todos quando Deus salva Ele tem uma vocação. Não existem pessoas sem chamado. Destaco mais uma vez que não há mérito, isto é, merecimento algum de nossa parte quanto à vocação, ao chamado para a Sua obra. Como filhos de Deus, nascidos de novo, temos as prioridades do Pai como nossa prioridade. “Aprouve” revelar seu Filho em mim, afirma Paulo. A palavra aprouve significa “trazer satisfação a alguém”. Isso é poderoso! Paulo está dizendo que ele deu prazer a Deus, em que através de sua vida e testemunho ele revelou Jesus. Fomos criados para Deus e para a Sua glória. A sua vida só tem sentido quando traz satisfação a Deus, quando a sua está direcionada à vocação que Deus tem para você e quando a sua vida revela que você é separado. E nada disso por mérito, mas por pura graça do PAI. O Evangelho dá sentido à vida! Decrete sua falência e experimente o poder da graça hoje!

3.Um encontro com o evangelho é passar por um processo de amadurecimento espiritual e transformação do caráter (v.17-21) Após sua conversão e já início de sua jornada ministerial, Paulo parte para a Arábia. A palavra Arábia significa “terra deserta ou estéril”. I) Todo cristão que entendeu até aqui esses dois primeiros aspectos do encontro com o Evangelho enfrentará na sua caminhada a Arábia da sua vida. Paulo partiu. Partir significa estar em estado transitório, abandonar. Ele literalmente está deixando para trás tradições, coisas, enfim, ele está indo em direção à solidão no deserto. Na vida cristã o preparo dos grandes homens de Deus está no deserto. Veja comigo Deuteronômio 8:2-3. O que o deserto comunica? I) Deserto nos fala de luz – Deserto é o lugar onde as motiva- ções do nosso coração são checadas à luz de Deus. Quando as emoções desaparecem e parece que não temos nenhuma empolgação para avançar, o Senhor testa para ver se guardamos ou não a sua vontade. Você observa em Deuteronômio que foi o Senhor quem conduziu o povo ao deserto. Ele visa nos fortalecer. II) Deus deixa que a gente sinta fome. Não há crescimento se não houver fome. Esse é o nosso maior problema, pois, muitos de nós estagna na vida cristã nesta etapa do que eu chamaria de “outros encontros com Deus” porque estamos cheios e saturados de distrações, entretenimentos, filosofias, ambições e projetos. Porém, Paulo fez o contrário. Ele foi ao deserto para se esvaziar. Uma vez que temos fome, estamos aptos a comer do maná que vem do céu. É assim que Deus trabalha. Não para por aí. Paulo volta para Damasco. É muito sugestivo voltar da Arábia “terra deserta e estéril” e voltar para Damasco, pois, esta palavra significa “silencioso é o tecedor de pano de saco”. O pano de saco era usado para demonstrar humilhação, vergonha. Há certos momentos na vida cristã que sofremos injustiça e nossa reputação vai ao chão. É o tecedor de pano de saco em silêncio nos ensinando o caminho da exaltação. Paulo passa por um processo de esvaziamento para não ter que se preocupar com o que os outros pensam a seu respeito ou que tenha um pensamento maior do que deve acerca de si mesmo (Romanos 12:3). Aqueles que tiveram um encontro genuíno com o evangelho suportam todas as circunstâncias pela graça de Deus para crescer através delas pois reconhece que é a escola de Deus. É isso que Paulo está dizendo aos gálatas. Ninguém me instruiu, pois, eu aprendi na “escola de Deus”. Paulo volta também ao passado, às origens na Cilícia, pois, ali ele nasceu na capital chamada Tarso. Quem teve um encontro com Cristo e está em processo de amadurecimento, pode voltar pelos mesmos lugares de sua origem sem perder a fé. Ele leva o seu testemunho de vida. Tudo isso que Paulo passou e que passamos é para experimentarmos em todos os âmbitos da vida o poder da graça e a alegria do Evangelho de Jesus Cristo. É para você não se preocupar com sua reputação ou confiar no seu conhecimento, porém, é para provar que Deus faz nova todas as coisas quando o vaso é quebrado e Ele faz de novo. É para provar que quem negou a si mesmo, tomou a cruz e o tem seguido tem vida abundante. É para provar que há poder no Evangelho.

Rodrigo Rodrigues Lima 
Pastor

Célula 26/01/2016



Boletim Semanal 26/01/2016

Um encontro com o Evangelho

Encontro com Deus
Um encontro com o Evangelho
Gálatas 1:11-24

Amados irmãos e irmãs, graça e paz.
Hoje daremos início a uma série de mensagens que se estenderá por todo o mês de fevereiro sobre Encontro com Deus.
Quando falamos de encontro com Deus, necessariamente estamos falando de um encontro com o Evangelho. Em caráter introdutório, hoje falaremos de três aspectos desse encontro. Quais são os principais acontecimentos na vida de uma pessoa que teve um encontro com Deus? O apóstolo Paulo teve esse encontro marcante com o Evangelho. Ele qualifica o evangelho como o Poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16).
Ter um encontro com Deus é muito mais do que ter sensações e experiências. É um processo de transformação do caráter que refletirá no modo de viver. É ser impactado de tal forma que o indivíduo passa a ter a mente de Cristo (I Coríntios 2:16) e sua conduta revela essa mente. É se tornar um cidadão do céu e como tal suas prioridades que perseguiam valores terrenos, agora são norteadas por valores celestiais (Colossenses 3:1-3) e sua postura denuncia sua nova maneira de pensar e agir. Sua visão de mundo é transformada. Sua maneira de se relacionar com Deus, consigo mesmo e com as pessoas é afetada. O Reino de Deus está nele. Ele está no Reino de Deus. O amor do Pai está Nele. Ele ama como o Pai.
Paulo escreve uma carta às igrejas da Galácia os repreendendo por trocarem o Evangelho por outro evangelho (Gálatas 1:6-7). As pessoas estavam se voltando para o legalismo judaico, forçando os cristãos a se circuncidarem e a praticarem obras como condição para serem salvas. Misturou-se o evangelho com práticas cerimoniais e de conduta e eliminou-se a graça da pregação. Frequentemente também somos tentados a voltar para o legalismo. Veja que se a obra da cruz não faz diferença no seu dia a dia, esse pode ser um sinal de que você depende de obras da lei. Se você acredita que agrada a Deus por seu mérito ou esforço pessoal, isso é um sinal de que você não entendeu o que é evangelho e pode estar vivendo o legalismo. Se você vive constantemente com sentimento de culpa e condenação por causa de seus pecados e se vê escravo deles, então você não entendeu o evangelho. Se você presume que a vida cristã é penosa e difícil, em algum aspecto você ainda não avançou na compreensão do evangelho. Deus quer que vivamos uma vida plena e abundante. Vida com Jesus é vida abundante e isso só é possível através de um verdadeiro encontro com Deus, um encontro com o Evangelho.
Portanto, Paulo vai mostrar para a igreja da Galácia o que esse encontro fez com ele.

1.Um encontro com o evangelho deixa um marco divisório na história da nossa vida (v.13-14)
I.Há um passado - Paulo apresenta àquela igreja legalista que ele, mais do que todos, viveu o legalismo ao pé da letra. Seu procedimento no judaísmo era tão radical que foi devastador para os cristãos em Jerusalém. Sua reputação era a pior possível aos olhos dos cristãos e a melhor possível aos olhos dos judeus e sacerdotes. II.Há convicções – Esse Paulo seguia rigorosamente as tradições de seus pais.
Na vida de Paulo há um “Antes de Cristo” e “Depois de Cristo”. Observamos que as crenças e as práticas de Paulo era de um religioso ferrenho. Porém, o evangelho entra na vida de Paulo e tudo isso muda. O que acontece com uma pessoa que tem um encontro com o evangelho? I) Nada esconde de seu passado antes de Cristo aos da fé e nada esconde de seu presente aos de fora por mera reputação. Seu caráter vale mais. – Pessoas que tem um encontro com Jesus não tem medo de dizer o que foram e reconhecem sua miserabilidade sem Cristo. Paulo não esconde quem foi e não esconde quem é. Quem tem algo a esconder não encontrou libertação.Deus está mais interessado no seu caráter do que na sua reputação. Jesus não gozava de boa reputação diante dos religiosos da época, mas o Pai sabia quem Jesus era e o próprio Jesus sabia quem era diante do Pai. Quem tem esse marco do evangelho em sua história de vida não esconde quem foi, mas aponta para quem se tornou em Cristo. A reputação tem a ver como as pessoas querem nos ver, mas o caráter tem a ver com quem realmente somos e é com essa pessoa que Deus se relaciona e se revela e não com o personagem, as máscaras da reputação. II) Não se importa em renunciar suas convicções – Paulo abre mão de tradições (v.14). Paulo estudou aos pés de Gamaliel, que era um célebre doutor da lei (Atos 22:3). Ele vai considerar todo o seu conhecimento como refugo, isto é, esterco (Filipenses 3:8). Convicções cristãs não tem a ver com forma de ser igreja, mas com a essência do ser igreja. Não tem a ver com formas de práticas religiosas, mas com a essência da religião. Convicções do Evangelho muda o indivíduo e o leva para a cruz. São as convicções paradoxais do perder para ganhar, diminuir para crescer, morrer para viver, perder para ganhar. Assim como Paulo, alguém que teve um encontro com Cristo perde o que for necessário para ganhar Cristo ocorrendo um marco histórico em sua vida. Há algo a esconder? Você está mais preocupado com sua reputação ou com o seu caráter? Quais são suas convicções atuais? Como elas se refletem na sua vida?

2.Um encontro com o evangelho é encontro com o sentido da vida (v.15-16)
Observe os verbos que Paulo usa aqui no verso 15: separou; chamou; aprouve. Paulo, ao ter um encontro com o Evangelho entendeu o propósito da sua vida. Para absorvermos o impacto dessas três palavras na vida de Paulo precisamos relembrar que como judeu fariseu: I) Ele perseguia e matava cristãos; II) Repudiava os gentios; III) Acreditava ser salvo pelas obras da lei. O sentido da vida de Paulo o levava a caminhos de morte e produzia morte sendo reprovado por Jesus (Atos 9:4), mas ao mesmo tempo chamado e enviado por Jesus. Para muitos da igreja de hoje, Paulo não mereceria a salvação. Entretanto, em contato com o Evangelho, Paulo tem clareza do que lhe acontece. Paulo deixa claro aos gálatas que não há nenhuma ação ou conceito humano que explique a sua experiência de conversão e ação ministerial. Paulo tinha uma certeza:“Cristo veio salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.” I Timóteo 1:15. Para se encontrar o sentido da vida é necessário ter uma profunda convicção de nossa real condição. A partir disto, olhar para a cruz e perceber o quão Deus é gracioso. É pura graça de Deus atuando em sua vida. Ter um encontro com Cristo significa: I) Um caminho de volta ao propósito original da sua vida – Ele o “separou”. Todos aqueles que creem em Cristo são separados para um propósito. Quero destacar aqui que não há mérito, isto é, merecimento algum de nossa parte quanto à salvação operada em Cristo. Deus não nos salva porque merecemos, mas porque Ele é bom. Ele o “chamou”. A todos quando Deus salva Ele tem uma vocação. Não existem pessoas sem chamado. Destaco mais uma vez que não há mérito, isto é, merecimento algum de nossa parte quanto à vocação, ao chamado para a Sua obra. Como filhos de Deus, nascidos de novo, temos as prioridades do Pai como nossa prioridade. “Aprouve” revelar seu Filho em mim, afirma Paulo. A palavra aprouve significa “trazer satisfação a alguém”. Isso é poderoso! Paulo está dizendo que ele deu prazer a Deus, em que através de sua vida e testemunho ele revelou Jesus. Fomos criados para Deus e para a Sua glória. A sua vida só tem sentido quando traz satisfação a Deus, quando a sua está direcionada à vocação que Deus tem para você e quando a sua vida revela que você é separado. E nada disso por mérito, mas por pura graça do PAI. O Evangelho dá sentido à vida! Decrete sua falência e experimente o poder da graça hoje!

3.Um encontro com o evangelho é passar por um processo de amadurecimento espiritual e transformação do caráter (v.17-21)
Após sua conversão e já início de sua jornada ministerial, Paulo parte para a Arábia. A palavra Arábia significa “terra deserta ou estéril”. I) Todo cristão que entendeu até aqui esses dois primeiros aspectos do encontro com o Evangelho enfrentará na sua caminhada a Arábia da sua vida. Paulo partiu. Partir significa estar em estado transitório, abandonar. Ele literalmente está deixando para trás tradições, coisas, enfim, ele está indo em direção à solidão no deserto. Na vida cristã o preparo dos grandes homens de Deus está no deserto. Veja comigo Deuteronômio 8:2-3. O que o deserto comunica? I) Deserto nos fala de luz – Deserto é o lugar onde as motivações do nosso coração são checadas à luz de Deus. Quando as emoções desaparecem e parece que não temos nenhuma empolgação para avançar, o Senhor testa para ver se guardamos ou não a sua vontade. Você observa em Deuteronômio que foi o Senhor quem conduziu o povo ao deserto. Ele visa nos fortalecer. II) Deus deixa que a gente sinta fome. Não há crescimento se não houver fome. Esse é o nosso maior problema, pois, muitos de nós estagna na vida cristã nesta etapa do que eu chamaria de “outros encontros com Deus” porque estamos cheios e saturados de distrações, entretenimentos, filosofias, ambições e projetos. Porém, Paulo fez o contrário. Ele foi ao deserto para se esvaziar. Uma vez que temos fome, estamos aptos a comer do maná que vem do céu. É assim que Deus trabalha. Não para por aí. Paulo volta para Damasco. É muito sugestivo voltar da Arábia “terra deserta e estéril” e voltar para Damasco, pois, esta palavra significa “silencioso é o tecedor de pano de saco”. O pano de saco era usado para demonstrar humilhação, vergonha. Há certos momentos na vida cristã que sofremos injustiça e nossa reputação vai ao chão. É o tecedor de pano de saco em silêncio nos ensinando o caminho da exaltação. Paulo passa por um processo de esvaziamento para não ter que se preocupar com o que os outros pensam a seu respeito ou que tenha um pensamento maior do que deve acerca de si mesmo (Romanos 12:3). Aqueles que tiveram um encontro genuíno com o evangelho suportam todas as circunstâncias pela graça de Deus para crescer através delas pois reconhece que é a escola de Deus. É isso que Paulo está dizendo aos gálatas. Ninguém me instruiu, pois, eu aprendi na “escola de Deus”. Paulo volta também ao passado, às origens na Cilícia, pois, ali ele nasceu na capital chamada Tarso. Quem teve um encontro com Cristo e está em processo de amadurecimento, pode voltar pelos mesmos lugares de sua origem sem perder a fé. Ele leva o seu testemunho de vida. Tudo isso que Paulo passou e que passamos é para experimentarmos em todos os âmbitos da vida o poder da graça e a alegria do Evangelho de Jesus Cristo. É para você não se preocupar com sua reputação ou confiar no seu conhecimento, porém, é para provar que Deus faz nova todas as coisas quando o vaso é quebrado e Ele faz de novo. É para provar que quem negou a si mesmo, tomou a cruz e o tem seguido tem vida abundante. É para provar que há poder no Evangelho.

Você quer ter um encontro com Cristo?

Rodrigo Rodrigues Lima

Pastor